Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

25/11/2008

Culto dos 00



Devotchka - How it ends
(Re-)Descoberta, para quem não conhece pensem na OST do Little Miss Sunshine

Espeleólogo de superfície e desenhos rastejantes

E é oficial, sou o primeiro espeleólogo de superfície (se bem que isto soa mais a insulto que a outra coisa). No Sábado deu-se a inauguração do Grupo de Espeleologia de São Bento (à frente denominado GESB), um grupo de malta porreira de vários pontos do país com um interesse comum, buracos! Eram várias associações (AES, GPS, NEALC, NEUA, Pedras Soltas, ..., desculpem se me esqueci de alguma) com o objectivo de fazer uma speleo party e investigar o complexo Alecrineiros. O pessoal bem me puxava para descer um buraquito, mas nem tinha equipamento, nem formação, o que bem visto até nem seria um problema com a quantidade de profissionais que por cá andavam, mas deixei para uma outra altura já que não vinha minimamente preparado, nem comida, nem roupa, nem nada além do mais ainda tinha uma festa de anos nos Amiais de Baixo (o dom da ubiquidade necessita-se). À noite foi a reunião do grupo no ponto de encontro, seguido de um jantar no Constantino ao qual me baldei, já que o frango do meio-dia ainda cacarejava no estômago e pelo que me contaram com o desfile de mines que se seguiu acho mesmo que o frango vinha parar cá fora. Fica aqui uma foto tirada do final(conhecido) da cavidade conhecida mais profunda de Portugal.

Foto tirada por: Pedro Robalo

Domingo foi dia de me encontrar com a psamophis para uma revisão das ilustrações. Ora a nossa relaçao não é exactamente pacífica (aliás acho que é tudo menos isso) então foi turras sobre Viperas que mais pareciam natrix e cobras com o estranho sindroma de não terem pescoço e aberrações cromáticas do scanner (esta foi a mais bonita) por entre discussões (fucsia não é cor, é roxo!). Mas foi castiço, ainda consegui uma carrada de literatura científica para ler e deu para passar um bom bocado. Afinal não é todos os dias que se usada a palavra supra-ocular e croma na mesma frase!
Mas pronto, ainda há-de vir o round dois e muitas mais turras a ser dadas. Psamophis quero o teu autógrafo!!!

Autora: D.Falcão

20/11/2008

As prendas

Para a malta se queixa que eu sou uma pessoa que é difícil de comprar prendas, dou-vos aqui uma ajuda preciosa. Na barra ao lado têm a lista de prendas que eu gostaria de ter. Ah, o Defender está no topo, por isso vaquinhas para o comprar são sempre bem-vindas.

19/11/2008

A portagem


Só a mim, só a mim é que acontecem estas coisas. Estava eu em casa num belo sábado à tarde com muito para fazer mas com pouca vontade de o fazer quando penso "Vou até Lisboa levantar o prémio do concurso de fotografia.", porque com o Natal à porta, a espeleo e sabe-se lá mais o quê não faço ideia de quando terei mais um fim de semana livre para fazer o que quer que seja.
Se bem o pensei melhor o fiz. Ora, o prémio era crédito na loja no valor de 150€ (nada mau) então sentia-me como um puto na manhã de Natal, com tanto para ver que nem sabia para onde me virar. Escolho meia dúzia de coisas, entre os quais dois ratos de laboratório, que pensei oferecer às miúdas.
Puz-me a caminho de volta a casa, quando paro nas portagens de Torres Novas olho para o lado e vejo o filho da p*** do rato empoleirado em cima da caixa a olhar para mim feito otário. Considerando a perspectiva de ter um rato à solta no carro a roer-me os estofos e a fiação eléctrica da viatura agora no c***** pelo rabo e entrego o MB e o ticket da portagem rapidamente à senhora que diz "Que giro, um hamster." ao que me calei, imaginando os gritos histéricos se lhe dissesse que era mesmo um rato.
Ora com aquele corropio todo, de receber o ticket e o MB tento-me lembrar de um sítio seguro para guardar o rato, já que a caixa onde tinha vindo estava fechada com fita-cola (o FDP roeu um buraco num dos respiradouros), penso "bolso do casaco", agarro no rato com a outra mão e o filho da p*** dá-me uma ferroada no dedo ao que larguei o bem grande "FOD****", ao que a senhora perguntou "Mordeu?", enquanto eu só me apetecia espetar com a merda do rato contra o volante do carro e acabar já ali a história, mas não fosse a senhora acusar-me de assassínio de hamsters engoli em seco e enfiei o rato no bolso enquanto a gaja ria. Agarrei no MB e no recibo e parei no parque das portagens para meter os dois ratos no bolso, não fosse o outro fugir também. E lá fui eu para casa com dois ratos no bolso e um dedo a pingar sangue.
Deve ser giro ser daquelas pessoas que estão nas portagens.

17/11/2008

Copper jacking (leva hífen?)


Nas grandes cidades têm o car jacking, nós aqui na aldeia temos o copper jacking (sim, porque isto dito em americano tem mais charme). Será que o cobre está assim tão valioso para que um ou dois paspalhos se arrisquem a subir meia dúzia de postes de electricidade para cortar os cabos se arriscarem a ficar electrecutados? Já para não falar do tralho que podem mandar de lá abaixo.
Enquanto isto continuo sem electricidade em casa com os restos mortais dos cabos pendurados no telhado ... Porque é que estas coisas nunca acontecem quando estou por casa? Ia buscar a pressão de ar (sim, porque eu sou um pacifista) e fazer tiro ao alvo às perna dos FDP montados no poste de electricidade. Com sorte caiam e escavacavam-se todos, mas sortia mais efeito que queixa à polícia e liberdade condicional passadas duas semanas. Assim gramavam no hospital com umas quantas cirurgias ortopédicas e uma convalescença de vários largos meses duvidando muito que voltassem a subir a mais postes, mais não sendo pelos rebites no joelho que acumulavam estática arriscando-se a um esticão que tão cedo não iriam esquecer.
Mas o que vale é que sou um pacifista. Se não fosse ...

14/11/2008

Culto dos 90



The eels - Novocaine for the soul

A urgência


Ainda no domingo, já bem cansadito da caminhada e com uma fomeca já bem notada. Chego a casa para encontrar visitas, o meu avô e o meu tio-avô. Alguns dedos de conversa e mais tarde chega a minha futura afilhada acompanhada pelos pais, pelo que o o jantar ia sendo adiado cada vez mais.
A barriga já roncava quando recebo o telefonema, "A tua avó não se está a sentir bem.", e lá vou eu a correr para a encontrar lívida e a vomitar como a fonte das 3 bicas. Pergunto o que se passa (para além do óbvio) ao que me responde que tem um "moedoiro na virilha, que não há meio de passar e que já vomitou tudo o que tinha a vomitar e que agora vomita umas cordas amarelas" sic .
Ligo para a linha saúde 24, onde depois de me fazerem algumas das perguntas mais estranhas que já algumas vez ouvi me dizem que é melhor ela ser observada e que vão encaminhar o caso dela para o hospital.
Agarro no carro, pego na minha mãe e lá vou eu a caminho das urgências pensando, bem é dia de clássico, aquilo vai estar vazio. É claro que não estava. Estava a abarrotar de gente. Como já tínhamos o processo da linha 24 lá, foi só entrar. Adivinhando uma loooonga espera vim para a rua fumar um cigarro lento enquanto espreitava pela janela o resultado do jogo. Uma hora depois queixa-se-me a minha mãe "Já estou a ver as luzes." algo que para o filho de alguém que tem enxaqueca há anos já sabe que a aura é o primeiro sinal de uma enxaqueca terrível. Agarro no cartão dela e envio-a para as urgências também, afinal estávamos no hospital ao que ela me responde "O quê, agora vou lá para dentro eu também?", respondi com um pronto "Preferes penar aqui na sala de espera?" que teve como resposta um olhar que só dizia "Bem visto.". Vários cigarros depois e findo o jogo ainda penava na sala espera sem previsão de quando me iria embora "Fez análises à urina, está à espera de resultados ...", "Está a soro ..." eram coisa que não adiantavam nada. Entretanto roubava uns sonos de 5 minutos na sala de espera, descobri que consigo dormir sentado, ou moxado dependendo do ponto de vista.
Algumas horas depois começo a ouvir, "Aquela senhora devia entrar", "Ela não se está a sentir bem", "Alguém havia de ver o que se passa", "Ela que vá fazer a inscrição", qual coro de tragédia grega mas ninguém se mexia, ninguém se queria dar ao trabalho. Fui ter com a senhora e perguntei o que se passava. Era uma senhora já de 84 anos com rugas que escreviam uma vida pouco meiga, estava aflita porque a filha de 57 anos tinha entrado e não sabia nada sobre ela. Pedi-lhe os dados da filha para ir ao gabinete de informações expliquei que não a conhecia nem sabia a que horas tinha entrado, se me podia dizer alguma coisa para acalmar a mãe. A mãe mesmo com os seus 84 anos ainda estava rija, mas não habituada a viagens tão longas, estava enjoada e não conseguia vomitar. Disse-me que tinha trazido o jornal entre soluços e suspiros, ao que pensei que tinha trazido o jornal para ler na ambulância o que explicaria o enjoo, mas não a senhora trazia uma folha de jornal enrolada presa na cintura da saia, sem dúvida uma mesinha caseira para impedir o enjoo (acho que continuo a preferir a dramamina). Contou-me que tinha posto uma pilha há três meses, que me pôs a pensar no que raio ela quereria dizer... Aparelho auricular não era visível, foi então que me assaltou o pensamento, PACEMAKER!
Já com o meu coração aos pulos pedi-lhe o cartão de utente para fazer a inscrição nas urgências, ao que ela me respondeu que não mo dava, pois a filha tinha dado entrada a vomitar sangue e ela não a queria afligir mais. O auto-sacrifício da senhora comoveu-me, mas ela tinha de ser vista, urgentemente. Disse-lhe com voz segura "Não se preocupe, a sua fila não a vai ver nem vai saber de nada. É só ser vista por um médico e depois pode voltar a esperar aqui". Com a voz mais calma disse-me que não tinha trazido o cartão, mas que tinha trazido o saco com o conteúdo do vómito da filha, o que não sei se me deixou doente de imaginar ou da ingenuidade da senhora. Corri para a recepção e expliquei o caso. A recepcionista pediu-me o nome e a localidade, ao que respondi que não sabia. Afinal de contas era uma desconhecida na sala de urgências. Fui-lhe pedir o nome, mas a recepcionista não o conseguia encontrar. Com a data de nascimento lá conseguimos chegar. A senhora cujo o nome já não me recordo cada vez estava em pior estado. Expliquei a urgência e não tardou a ser chamada. A custo levei-a em ombros para a triagem onde um médico e uma enfermeira assistiam impávidos.
"Vou vomitar, vou vomitar." gritou a senhora, ao que pedi por um saco. A enfermeira olhava para mim como se fosse o meu dever suprir o saco. Olho em roda e agarro no primeiro que vejo, um de 50 litros para material de hospital, entretanto ela salta da cadeira e diz "Use antes este. É melhor.".
"Urinei-me", diz a senhora cada vez em pior estado. "Eu tenho de lhe pagar. Ajudou-me tanto." disse enquanto remexia na mala à procura da carteira. Eu disse para deixar estar, que se a situação fosse ao contrário ela teria feito o mesmo. "Mas tenho delhe dar qualquer coisa.", ao que respondi "Shhh, preocupe-se em melhorar."
Expliquei a situação à enfermeira e deixei a senhora à sua sorte.
O ar cada vez mais frio e a noite mais profunda, quando saiu a minha mãe das urgências, "A avó vai ficar. Eram pedras nos rins. Já está melhor, mas querem mantê-la para observação.". Saímos estrada fora pela madrugada exaustos dos eventos que se tinham passado. A senhora desconhecida da sala de urgências já estava melhor segundo informação da minha mãe. Eram 4 da manhã quando chegamos, nessa manhã fiquei na cama a descansar.
Às 8 da manhã recebemos a chamada, "A senhora Joaquina já teve alta. Podem vir buscá-la.". Desta vez foi o meu pai que me deixou ficar mais umas horas no descanso.
Detesto Urgências.

Relatos atrasado de um fim de semana com muitas visitas


Não sei porquê ultimamente parece que tenho tido uma aversão a fins de semana sem fazer nenhum. Não porque não goste, até porque ficar num domingo à tarde a ver um bom filme ou a meter as minhas séries em dia acompanhado de um balde de pipocas é impecável (e não estou a falar dos filmes que passam na TV, como o enésimo Sozinho em Casa ou a trigésima nona repetição de Armaggedon ou outro qualquer disaster movie). Quando penso que é desta que vou aproveitar para anhar (expressão muito usada por mim para vegetar no sofá) aparece sempre qualquer coisa ou alguém.
Assim, vamos lá fazer um resumo alongado do que foi o fim de semana passado.
Sábado, servi de cicerone a duas herpetólogas com o vício dos anfíbios (e quem conhece este mundo sabe que herpetólogas que gostam de anfíbios é tão raro de encontrar como uma fogueira na Antárctica). Como estavam a passar férias de conclusão de Mestrado aqui pertinho (congrats na conclusão do mestrado), deram um pulinho aqui à Serra para uma saída de campo de observação de anfíbios. A tarde até foi produtiva, com muitos waltls grandes à moda da serra, as omnipresentes perezzi, uma Natrix que fugiu e muitas gallaicas que resgatamos da cisterna do costume. Ainda andamos à cata de pygmaeus mas era muito cedo na temporada e ainda não choveu que bastasse. Ficaram para uma próxima visita assim como a Fôrnea. O dia foi acabado na inevitável Maria dos Queijos para um lanche ajantarado à boa maneira da maria, com muitos queijinhos, chouriça assada e uma morcelinha impecável. A companhia era muito agradável e o dia passou-se que foi um instante. Fotos não tenho, porque alguém cujo o nome não vou mencionar ainda não mas enviou ... mas prometo que assim que as tenha as coloco aqui. Voltem sempre raparigas, é sempre bom discutir Alytes, Pelobates e Pelodytes ao jantar (e estou mesmo a falar a sério).
Domingo, mais uma roda, mais uma viagem, desta vez era a patareca e a sócia nº 2 que vinham conhecer a serra, a elas juntaram-se a Lou e a Banha e claro mais um membro da matilha. Depois de visitar a zona da bajanca, onde fomos sem querer chatear uma Titus alba que estava a dormir num algar, prosseguimos viagem para os pocilgões onde fomos obrigados a eutanasiar um tordo chumbado sem qualquer possibilidade de recuperação, bem ao menos não sofreu mais. De seguida já ao pôr do Sol seguimos para a ligeira onde as senhoras gajas já não viam a hora de chegar. A pergunta da ordem era "Já chegamos?" ao que eu respondia "Sim", daí a cinco minutos repetia-se a pergunta sempre com a mesma resposta.
Encontramos ainda muitas vacas e muitas cabras pelo caminho que serviam de modelos fotográficos à nossa patareca que se fartou de lhes tirar fotografias e encontramos ainda uma cavidade não nomeada. Eu ainda sugeri o nome "Buraco da Patareca", mas a patareca não estava muito entusiasmada com tantos espeleólogos a visitarem-lhe o buraco por isso vou ter de arranjar uma nomenclatura alternativa. O que é pena, pois eu gostava do nome "Buraco da Patareca".
Paramos ainda em casa da avó da Lou para comprar uns queijinhos secos, mas infelizmente ela só tinha dos frescos que acabou por nos oferecer.
Quando acabou a viagem já vínhamos iluminados pelo quarto-crescente que se levantava no céu. Pensei vou para casa que ainda tenho muito para fazer, mas para variar o meu fado seria outro. Mas isso fica para outro post, que este é só das passeatas.

Lampyris noctiluca a comer um caracol

Paisagens da Serra

Lagarta não identificada (era enorme)

Mais outra não identificada (lagartas não são o meu forte)

O Buraco da Patareca (denominação provisória)

Cabras malévolas

Vista na Lapa dos Pocilgões

O sujeito fotográfico favorito da Patareca

11/11/2008

Culto dos 00



Múm - Green Grass of Tunnel
Nome estranho, mas a música é bonita.

Fins de Semana passados com morcegos e aranhiços

Metellina merianae

Saco de ovos de Meta bourneti
Meta bourneti

Espeleotema - Couve-flor ou coral das Grutas

Lepidóptero sp. desconhecido

O tecto é alto

Morcego grande de Ferradura (Rhinolophus ferrumequinum) Que continuou a dormir enquanto andávamos por lá com pezinhos de lã.



Mosquito (género desconhecido)

Mais Meta bourneti



E por último, mais espeleotemas.


Para variar os miúdos adoraram a lição de geologia, mas o morcego e as aranhas foram os reis da festa!

07/11/2008

Natrix maura "bilineata"


Esta cobrita tem uma história! A cara amiga psamophis que está a fazer um livro de ilustração científica sobre as cobras autóctones (yes!) precisava de uma Natrix maura "bilineata". Ora eu já tinha visto uma a rondar um laguito na paiã, mas na altura não tinha a máquina comigo (para variar nunca aprendo).
Ora num certo dia de outono andava eu com a matilha nos nosso passeios quando demos de caras com a mesma maravilha mas desta vez dentro do charco. Ora a única forma de a apanhar era ir para dentro de água! Arregaço as calças, tiro os sapatos e as meias, e salto para o charco qual Crocodile Dundee para apanhar uma besta de 50 cms. O afilhado, que tem uma fixação por água maior que a minha husky, repete os movimentos e ala atrás de mim para dentro do charco. Depois de uma luta desenfreada, muitas mordidas e rebolanços na água (mentira, foi só por a mão e agarrar) apanhei a bicha para uma sessão fotográfica que iria servir de referência à ilustração no futuro livro. Enquanto tirava fotos e era atacado por uma miríade de carraças minúsculas que me tentavam chupar o sangue (detesto carraças) o afilhado continuava dentro do charco a perseguir as desgraçadas perezzi que lá se banhavam, até ter pisado uma pedra com aresta mais viva e feito um rasgão no dedão grande do pé.
Ainda traumatizado com a última sessão de sutura na cabeça vi que o corte não era profundo, enrolei uma meia para estancar e sangramento e lá fomos até a casa para os primeiros socorros. Agora cada vez que vamos a algum lado vai sempre um kit de primeiros-socorros comprado onde? No Lidl claro está!
O resultado talentoso da ilustração encontra-se no canto superior direito do post e os créditos vão todos para a psamophis. Mal posso esperar que saia o livro!




A cabeça da morte

Uma traça que passou aqui por casa a caminho de zonas mais quentes.





Acherontia atropos


Um traça que gosta de vocalizar para afastar os predadores (o vídeo é que não está grande coisa).

06/11/2008

Culto dos 80



Stevie Nicks - Landslide
Um devaneio country, mas com uma grande voz e uma grande guitarra.

05/11/2008

Mais uma edição do "Que raio de pesquisas são estas que vieram parar ao meu blog!"

E sem ordem especial, aqui fica o top das mais estranhas.
Pesquisas
  • lidl na nazare: O Culto espalha-se!

  • ti maria dos queijos livramento horario: Enquanto houver clientes, mais coisa menos coisa.

  • experiencia sobre anfibios: Ui! Carrada delas. Com molho de cebolada.

  • criar esquilos: macho+fêmea=bebés?

  • manchas rosadas pequenas com pontinhos no meio: Acne?

  • ovelhas charolesas: Charolesas são as vacas! Sai-me cada copinho de leite ...

  • cabideiro telescopio: Vendo, por 75€, como novo!

  • fui enrabado: Há gente muito estranha, porra!

  • lampropeltis é parecida com a brasileira: Com a portuguesa não é de certeza.

  • linguagem sinais de luzes entre condutores: Não percam a próxima edição do Dicionário de sinalização visual para mulheres condutoras (e a população feminina revolta-se), mas a verdade é que já fiz sinais de luzes para avisar uma condutora e ela sorriu e disse-me adeus ...

02/11/2008

Eh ca porra!


Tenho-me andado a baldar à grande e à francesa aqui com o blog. Mas pronto, férias são férias! Ou foram, porque elas passaram mais rápidas que Speedy González (eh pá, gostava mesmo deste rato). Então deixo aqui um resumo curtinho do que foram as minhas férias com a promessa que quando chegar a casa elaboro mais um bocadinho a coisa e ponho as respectivas fotos.
Sábado, servir de guia à expedição de preparação do Alecrineiros Sul, que se não tivesse sido por mim e tivessem de alombar com o material todo às costas, quando chegassem ao buraco desistiam de descer (boa robalo, para a próxima dá-lhes também a indicação das quatro estradas). Seguiu-se depois uma tarde sem carro, já que a bomba de direcção deu o peido mestre e me estragou o orçamento para os próximos meses.
Domingo, foi dia de ir procurar a Gruta dos Carrascos, que se não tivesse sido o Cov'altas maister ainda hoje não sabia onde era. 100 metros o tanas! Eram 10 metros! Seguiu-se mais uma pesquisa rápida nos arredores, mas que não deu em nada. Paragem na taberna do faustino para umas mines que começaram a jorrar sabe-se lá de onde e quando dei por ela já estava falar da utilização de estevas como fonte possível de biocombustível e outros absurdos assim ...
Durante a semana foi a correria do costume das mini-férias, burocracias prá frente, burocracias para trás, plantas, casa assim e assado, a treta do costume. Sempre dava para dormir a siesta, o que para mim já são férias.
Fim de semana, foi o fim de semana cultural, aqui com o rapaz a servir de fotógrafo oficial, só porque tinha a máquina maior, pelos vistos o tamanho importa. Apanhei uma resma de frio que ainda estou para curar a constipação. Porra, se não fosse pelas minis não me tinha aguentado, excusado seja dizer que lá para o fim da noite o frio já era pouco. Doeu foi no outro dia quando me tive de levantar de madrugada para cobrir a prova de BTT, ainda por cima estava um frio de bater o dente. À noite foi o bailarico do costume aqui com o rapaz a esquivar-se ás mines com a desculpa do *coff* *coff* remédio para a constipação, o certo é que a cabeça já latejava da combinação de privação de sono, ressaca e pingo no nariz. Ah, e fui ainda convidado para ser padrinho, de novo, afinal não há duas sem três! Sou o orgulhoso padrinho de uma bebé linda chamada Mariana. Mas confesso que as prendas começam a doer o orçamento ...
Domingo, foi mais do mesmo com as feiras, as tascas e o fotógrafo a falhar o passeio de cross por só ter acordado ao meio-dia, ooops, mas houve quem levasse máquina, por isso não se perdeu tudo. À noite espectáculo de ilusionismo, com o magnífico não me lembro o nome de palco, só sei que se chamava Miguel porque mal soube que o gajo tinha lá cobras no espectáculo colei-me a ele tipo pega-monstro. Em contrapartida servi para fazer de bobo da corte, nos vários truques de magia, entra os quais a cadeira mágica que adivinha quando alguém está a mentir. Ora bem, esta cadeira funcionava da seguinte forma, quando me faziam uma pergunta e não lhes agradava a minha resposta apanhava um choque desconfortável no rabiosque. Exemplo, "Já traíste a namorada?", e eu "Não" e zapp um choque no rabiosque. É claro que me armei em duro e nunca me queixei ou sequer levantei depois das mais estapafúrdias perguntas e a assistente dele se divertir a dar choques eléctricos no meu pacote. Saí de lá com as abébias a arder mas a verdade é que lhe estraguei aquela parte do espectáculo (sim, às vezes dá-me pra isto) e ele não teve outra opção que não chamar outra pessoa da audiência. Enfim, temos pena ...
Mas no final lá estava eu a pedinchar ao gajo para ver as cobras dele, a liasis, a mollurus e a anaconda e que belas bichas elas eram. A festa correu bem, as férias também, agora só para o ano ...
Fotos variadas para quando descarregar a máquina.