Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, em "O Guardador
de Rebanhos".Eu já vos disse que adoro o sítio onde vivo? Mesmo que isso implique 100 kms de carro para ir e vir do trabalho? Sim, e Alberto Caeiro, mas isso quem me conhece já sabe. É da pouca poesia que consigo ler. Quando for grande quero ser como ele (menos a parte de morrer aos 26 anos). Mas acho que não estou muito em perigo disso. Só se for na próxima vida.
3 comentários:
concordo que não só tens a mais valia de seres e viveres na parte mais bonita, como a mais tipica, da nossa serra doS candeeiros.
Goza-a bem!
Ele há lá coisa mais pitoresca do que termos de parar o carro para cedermos passagem a uma manada de vacas leiteiras? Expectaculo!
Abraço do MiSteR.
Melhor só mesmo uma travagem brusca a seguir a uma curva por teres um rebanho de ovelhas a dormir no meio a estrada, impassíveis. E teres de sair do carro para as ir enxotar, tudo isto às 4 da manhã!
Como eu te entendo...
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