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Susan Boyle é desempregada, 47 anos, vive com o gato Pebbles, solteira e diz que nunca foi beijada mas que não é uma proposta. Com ironia os apresentadores perguntam qual o sonho dela ao que responde que o sonho dela é ser cantora profissional como a "Elaine Paige", perguntam de seguida porque nunca aconteceu, ao que ela responde que nunca lhe foi dada a oportunidade. A audiência e o júri ri-se dela.
Com o seu fato amarelo dourado, as suas ancas exageradas, o seu sotaque escocês que poderia ser português de qualquer aldeia por esse país fora, tem um sorriso aberto e sincero. O público ri-se para dentro quando a música começa e os júris rolam os olhos já com a mão pousada no botão preparados para a buzinar dali para fora.
Preparando-se para cantar larga um sorriso envergonhado como um puto em frente ao bolo de aniversário. Abre a boca e sai a voz de um qualquer filme dos mágicos musicais dos anos 60, a multidão aplaude, a voz desliza em crescendo, atira a mão para o ar e continua a beber cada momento. Cala-se a voz, a multidão aplaude em êxtase, ela sopra um beijo para a multidão, atira os braços para o lado e começa a sair em passo acelerado do palco. Até ser chamada de volta ...
Susan Boyle é a mais nova sensação da Internet e da televisão no programa "Britain's got talent", podia ser mais uma cara na multidão, mas a garra e a genica desta mulher tornaram-na um ícone de muitos.
Para mim serve para provar a minha máxima de que quem vê caras não vê corações. Tivesse sido à uns 30 ou 40 anos atrás esta senhora seria uma Julie Andrews ou uma Edith Piaf, agora só as carinhas larocas têm um lugar ao sol, com música posta em vácuo empacotada e embalada para as prateleiras. Pessoas são julgadas pela forma como se mostram, pela aparência, pela maneira de falar e são classificados em bonitos e feios.
Mas eu pergunto, depois de Susan Boyle, quem são realmente os feios?
Susan Boyle a cantar "Cry me a river".
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