Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

13/04/2008

O casório


Este fim de semana foi o casório de um dos meus melhores amigos. Aquilo fica em nenhures (literalmente, já que mesmo perto da igreja fica a Rua de Nenhures), em Palmela e aqui o moço ainda teve de fazer uns bons quilómetros para lá chegar. Como a minha saúde não anda nos melhores dias a vontade de ir não era muita, não tivesse sido o casamento de quem era e o apoio dos três estarolas (sim, eu também vos amo!) o mais provável era ter virado para trás a meio do caminho. Mas assim em amena cavaqueira com a Jurema lá se fez o caminho que me pareceu bem mais curto que o que realmente era (obrigado Jurema, devo-te uma!).
O casamento decorreu na normalidade, uma vez ultrapassado o choque inicial de ver o Maria das Virtudes no altar com a aliança no dedo. Não pela improbabilidade do casamento, ou por não o ver a casar-se mas pelo simples facto de bater assim de repente. Fodasse, o Maria tá casado. Soa a estranho, como se fossem duas palavras que não fizessem sentido na mesma frase. Mas pronto, ele perdeu a aposta. Agora é tempo de novas apostas. Quem será o próximo? O meu voto foi para o Fura e a Dri mas por algum motivo todos acharam que serei eu o próximo, algo muito improvável, como lhes expliquei, mas que eles ignoraram com um "Sabes acidentes acontecem!", ao que eu tremi ao ver-me de caçadeira apontada a caminho do altar. Mas sejamos sinceros, a probabilidade de eu me casar nos próximos tempos é tão alta como a de acertar no EuroMilhões (o que até vendo não é assim tão mau).
E o pior do casamento, os arranjinhos, caros noivos, agradeço a vossa atenção, mas a vossa capacidade de casamenteiros é tão subtil como um elefante numa loja de porcelanas e é tão eficiente como tentar matar uma mosca com um pionés. Valeu pela tentativa.
De resto, foi o costume quando os magníficos (ia dizer cinco mas nesta altura já são bem mais)se juntam, muitas alarvidades, capazes de fazer corar a prostituta mais experiente, risos e bacoradas que põem os outros convidados de olhos em bico a olhar para a nossa mesa. Mas já é o habitual nestas lides. Depois, foi o arrasto até casa para uma noite de sono reparador, já que no dia seguinte haviam outras festas.

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