Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.
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07/05/2008

A Lua e Mercurio


Hoje saquei dos binóculos e fui ver o quarto crescente que se espreguiçava no céu. A foto não é das melhores, mas com uma máquina digital compacta não se pode pedir muito mais. Em cima a lua em quarto crescente iluminada pelo sol. A parte escura é bem visivel devido à luz reflectida pela terra (o earthshine). A primavera é a altura ideal para observar este fenómeno. Em baixo Mercúrio mesmo por cima da azinheira e do lado esquerdo a estrela Capella da constelação de Auriga.
Se tiverem um par de binóculos aproveitem e vão dar uma vista de olhos. Pode-se ver mesmo muita coisa com um par mesmo dos mais humildes (como os meus).

21/10/2007

Oriónidas


Mais um fim de semana, mais uma caça às estrelas cadentes. Desta vez foram as oriónidas, o ZHR previsto de 50/hora veio-se a confirmar mas as estrelas cadentes eram ténues, rápidas e com pouco rasto. Ainda assim valeu a pena acordar às 4 da manhã. Ver Vénus a levantar-se a nascente com Marte bem alto no céu salpicado pelos restos poeirentos do cometa Halley. A banda sonora era o piar dos mochos.
Agora as leónidas em Novembro e depois as minhas favoritas as géminidas nos céus gelados de Dezembro.

26/08/2007

As estrelas cadentes


Nem tudo foi mau com a não-ida aos USA. Afinal pude ficar em casa a descansar e preparar-me para o trabalho.
Um dos pontos altos dessa semana pós-gripe, foi sem dúvida as noites das perseidas! Como estava a preparar-me para fazer uma observação e os miúdos estavam de férias, aproveitei para os convidar, para lhes aguçar o apetite pela astronomia, mas eles estavam mais interessados em ir para o relento no meio de lado nenhum com os sacos cama que com a perspectiva de ver as estrelas cadentes. Tudo isso iria mudar.
Por volta das 21 começamos com os preparativos, a escolha do lugar, o petisco da meia-noite, arrumar os sacos-cama, o tempo não queria ajudar com a nortada do costume a trazer muito nevoeiro do mar. Assim decidimos ir para um sítio mais afastado e mais abrigado. Com os sacos-cama às costas lá fomos nós quando uma estrela cadente de magnitude -3 rasga os céus! Bem, se o entusiasmo já era grande maior terá ficado com esta demonstração de aguçar o apetite. Assim de mochila às costas, cão ao lado e de olhos pregados no céu lá fomos nós. Ao chegar montamos o acampamento no meio do orégão selvagem e lá ficamos de olhos pregado no céu a contar as estrelas cadentes e os satélites que por lá passavam. As maiores deixavam um "aaaaaaah" no ar e um "VISTE?!?". As mais pequenas um "Acho que vi uma!" ou "Se calhar era um pirilampo ...". Uma hora mais tarde o céu estava coberto de nevoeiro espesso que não nos deixava ver mais nada. Agarramos na trouxa e lá voltamos para casa para beber um Ucal quentinho e nos deitarmos que já se fazia tarde.
Agora a pergunta do semana é "Quando há chuva de estrelas outra vez?". Pode-se dizer que o estratagema resultou.
E que venham as Oriónidas!