
Nem tudo foi mau com a não-ida aos USA. Afinal pude ficar em casa a descansar e preparar-me para o trabalho.
Um dos pontos altos dessa semana pós-gripe, foi sem dúvida as noites das perseidas! Como estava a preparar-me para fazer uma observação e os miúdos estavam de férias, aproveitei para os convidar, para lhes aguçar o apetite pela astronomia, mas eles estavam mais interessados em ir para o relento no meio de lado nenhum com os sacos cama que com a perspectiva de ver as estrelas cadentes. Tudo isso iria mudar.
Por volta das 21 começamos com os preparativos, a escolha do lugar, o petisco da meia-noite, arrumar os sacos-cama, o tempo não queria ajudar com a nortada do costume a trazer muito nevoeiro do mar. Assim decidimos ir para um sítio mais afastado e mais abrigado. Com os sacos-cama às costas lá fomos nós quando uma estrela cadente de magnitude -3 rasga os céus! Bem, se o entusiasmo já era grande maior terá ficado com esta demonstração de aguçar o apetite. Assim de mochila às costas, cão ao lado e de olhos pregados no céu lá fomos nós. Ao chegar montamos o acampamento no meio do orégão selvagem e lá ficamos de olhos pregado no céu a contar as estrelas cadentes e os satélites que por lá passavam. As maiores deixavam um "aaaaaaah" no ar e um "VISTE?!?". As mais pequenas um "Acho que vi uma!" ou "Se calhar era um pirilampo ...". Uma hora mais tarde o céu estava coberto de nevoeiro espesso que não nos deixava ver mais nada. Agarramos na trouxa e lá voltamos para casa para beber um Ucal quentinho e nos deitarmos que já se fazia tarde.
Agora a pergunta do semana é "Quando há chuva de estrelas outra vez?". Pode-se dizer que o estratagema resultou.
E que venham as Oriónidas!