Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

28/02/2008

O arauto


Hoje ouvi a Poupa (Upupa epops). Já só falta o Cuco (Cuculus canorus) voltar a estas terras para ser oficialmente Primavera. Afinal não é com o equinócio que chega a Primavera, a Primavera só chega quando se ouvir o Cuco e a Poupa, já dizia a minha bisavó.
Costumava dizer também na sua avançada idade, "Já não morro sem ouvir a Poupa/Cuco" e eu este ano também não.

27/02/2008

Os erros

Estava hoje no lidl, quando não pude deixar de ouvir a seguinte conversa entre o caixa e um cliente:

Caixa: Qual a terra que ponho na factura?
Cliente: São Domingos de Rana
O caixa digita o nome vagarosamente e tecla a tecla.
Cliente: Domingos é com "O" e não com "U".
Caixa: Ah OK.
Caixa apaga e volta a escrever vagarosamente.
Cliente: Não é Rama! É Rana!
Caixa: Eu mudo já.
Cliente: Não, não, deixe estar que não faz mal.
Caixa: Ah ok, também toda a gente dá erros a escrever.
*cara incrédula minha e do cliente*

26/02/2008

Culto do 90



Counting crows - American girls
E não tarda está por aí a aparecer o novo album de originais! (E já não era sem tempo)

25/02/2008

A saída



Cá vai então o relato da segunda visita de campo Amphibio.Org.
Tudo começou numa chuvosa manhã de Inverno, quando nos encontrámos na Videla, que era o ponto de mais fácil referência para quem sai da A1, já que se pedisse aos anfibiófilos que se juntassem a mim no local de prospecção o mais provável seria que se perdessem nas intermináveis estradas labirínticas da Serra de Aire e Candeeiros. Assim carro a carro lá se ia formando o nosso pequeno mas rico grupo de garimpeiros do ouro caudata.



Um café depois e lá fomos nós a caminho daquela que seria a nossa residência por dois (húmidos) dias de herpetofilia excelentes. Depois de largarmos as bagagens de camaroeiro em riste lá fomos nós enfiar o nariz na nossa primeira poça. Aí encontrámos o nosso primeiro pygmaeus, a espécie que sem dúvida iria ser o rei da festa com a sua crista imponente e cores vivas. Depois de uma explicação breve e da sexagem do bicho, que no caso é extremamente fácil como quem conhece a espécie pygmaeus sabe, a segunda apanha foi uma larva de salamandra.



Estas sim eram omnipresentes em qualquer buraquito que tivesse água. Depois a apanha seguinte foi uma fêmea de Pleurodeles waltl, grande, gorda e velha. Já era o segundo ano que a encontrava naquele lugar, então foi como reencontrar uma velha amiga. Os rapazes e raparigas já que este era um grupo bastante heterogéneo, algo de estranhar no mundo da herpetofilia, quase tiveram uma síncope quando viram aquela beldade. Um animal lindo e enorme, com umas cores fenomenais e ainda com o tecido cicatrizado da úlcera com que a encontrei o ano passado. Todos adoraram a visita que aquela velha amiga nos fez.





Nesta poça estava também uma Natrix maura morta infelizmente com a barriga inchada, o que fazia crer que tinha tido mais olhos que barriga e morreu com o que quer que tenha comido.
A poça seguinta trouxe-nos uma outra rapariga, uma bela Pygmaeus fêmea com uns tons alaranjados lindíssimos e um verde vivo que proporcionou várias belas oportunidades fotográficas.



Agora vem o alivio cómico da história, a chuvinha foi uma constante ao longo de todo o passeio, portanto as pedras estavam mais que escorregadias. Assim enquanto andava de camaroeiro em riste o pessoal divertia-se a apontar a máquina fotográfica aqui ao guia a ver quando é que ele caía para dentro da pia. Mas é que chegavam ao cúmulo de com sorrisos escancarados dizerem entre si "É agora! Preparem as câmaras" e "À terceira é vez" e "É agora, é agora!" mas para sua infelicidade não foi. Se bem que mandei um tralho quando me puz a correr para atender o telemóvel. Mas aí não havia camâras preparadas, ou melhor haviam, mas estavam todas a apontar para o sítio errado. "Magoaste-te?" perguntaram, mas não, a única coisa que tinha saído ferido tinha sido o orgulho. Outras quedas houve, alguém que caiu de costas, outra que fez uma aterragem de nalgas ... mas tudo serviu para nos rirmos e passar um bom bocado. Mas voltando às poças.



A poça seguinte trazia um grupo de machos empoleirados nos bosques subaquáticos de Chara sp. a mostrar orgulhosamente a sua cauda e crista a qualquer fêmea que por lá passasse. Cada um era mais belo que o outro e deixava-nos de olhos em bico. Antes de almoço fomos ainda resgatar duas salamandras que se encontravam presas numa cisterna. Duas fêmeas que caíram lá para dentro para dar à luz e que não conseguíam sair. Claro que sendo nós os bons samaritanos, lá fomos salvar os animais de morte à fome não sem antes despejarmos as nossas câmeras fotográficas. Nós, é como quem diz, porque o serviço de camaroeiro não me deixava qualquer tempo para tirar fotos. Mas pronto, já estou habituado.





De seguida foi o almoço, sandochas para o pessoal e muita partilha de comidinha boa trazida de casa sempre acompanhada da nossa já fiel e constante chuvinha.
O passo seguinte foi a visita da casa aqui do mestre anfíbio (como alguém me tratou durante o percurso) se bem que com a chuva que caía já éramos todos um pouco anfíbios. Lá deu para ver alguma da minha bicharada e a confusão que reina suprema no meu pequeno reduto.
A próxima localidade a visitar foi a Fornêa, afinal nada melhor que uma caminhada de 6 quilómetros para ajudar a digestão.



Lá encontramos várias larvas de salamandra que já se tornariam inevitáveis durante todo o nosso percurso. Foi aqui que se deu o nosso primeiro precalço. A Búzio ficou sem óculos pelo que teve de abandonar a expedição com a respectiva família. Nós continuamos a nossa escalada. Algo que já tinha reparado é que o cansaço aproxima as pessoas e a escalada não foi nada meiga. Mas a vista lá de cima com o som da água a correr provou valer muito a pena.
Se seguida fomos prospeccionar o polje de Minde aqui viríamos a encontrar larvas de Pleurodeles e algo que nunca tinha encontrado antes, artêmia de água doce (Chirocephalus diaphanus) animais enormes com o seu saquito de ovos em plena época de reprodução algo que o grupo mesmo um pouco desfalcado adorou encontrar.



A esta hora já escurecia e o cansaço instalava-se. A chuva não dava tréguas pelo que o grupo decidiu dar o primeiro dia de expedição encerrado e voltar ao acantonamento, onde nos esperava água quentinha, roupa seca e o melhor uma lareira acessa que nos fez as delícias durante toda a noite, noite essa que se arrastou até a horas impróprias acompanhada de boa pizza, muita conversa, muitas risadas e muita boa companhia.
O segundo dia começou lentinho, com o gradual despertar dos membros da nossa expedição. Nesse dia viriam-se a juntar ao nosso grupo mais dois membros., que depois de algumas atribulações chegaram a bom porto. Este dia começou com a investigação da poças iniciais onde os nossos fiáveis pygmaeus se encontravam à nossa espera. Seguiu-se de uma bela almoçarada num restaurante da zona. Depois do farto almoço, seguiu-se a procura de Waltl, contudo nesta altura a chuva já tinha piorado e vinha acompanhada de trovoada, pelo que a única coisa encontrado foram ovos de waltl e uma bela molha. O encerramento da expedição deu-se em minha casa, com um belo de um ucal quentinho para todos para animar a malta e preparar a viagem de volta que para muitos iria ser bem longa.



Tenho a impressão que todos saíram satisfeitos. Desde já o meu obrigado a todos os que participaram. Sem vocês estes dois dias fantásticos não teriam sido possíveis. É sempre bom falarmos com pessoas que têm a mesma linguagem e que nutrem esta grande paixão pelo reino animal.
A todos um bem-haja!



Fotos: AlexMC
Todos os animais foram libertados onde foram encontrados.

24/02/2008

O cansaço


Instalou-se o cansaço, depois de dois dias em saída de campo Amphibio.Org cheguei a casa, tratei da bicharada e aterrei no sofá. Tinha frio, fome e sono.
Relato oficial com todos os pormenores sórdidos para amanhã.
A não perder, o musgo boscai, a salamandra marmoratus, o incrível equilibrista e as quedas mais fantásticas que qualquer coisa que tenham visto no "Isto só vídeo".
Agora vou dormir.

21/02/2008

O anfíbio


Este meu hobbie começou já à uns anos, aliás acho que já começou desde que sou pequenino e passava a vida com o nariz enfiado nas poças a brincar com os "peixes-sapos" (larvas de salamandra).
Depois com a idade veio o confirmar da paixão, com dois axolotls comprados na Zooexótico, que veio ainda mais exacerbar o bichinho que já cá morava. Seguiram-se vários outros, desde resgate de lojas (já que a maioria das lojas por aí não sabe cuidar de tritões), a ofertas de criadores.
Depois evoluiu para um sítio de internet onde os vários criadores de anfíbios se podiam juntar e confrontar experiências de manutenção e de reprodução.
Com o tempo veio a cruel realidade de que os anfíbios são os animais mais ameaçados à face da terra o que torna o nosso trabalho ainda mais importante já que a experiência de manutenção em cativeiro irá permitir que os mesmo princípios sejam aplicados a espécies com elevada necessidade de conservação. Vale a pena reafirmar que o meu site não permite a discussão sobre a manutenção de anfíbios autóctones em cativeiro para desta forma não incentivar a recolha de espécimes selvagens, o que sendo ilegal causa também muita pressão sobre as espécies.
Agora já vamos com 170 utilizadores registados e o site é uma referência na manutenção de anfíbios em Portugal e já com ligações muito interessantes por esse mundo fora, e post a post lá vamos mudando mentalidades.
E quem quiser pode sempre comprar uma t-shirt.




17/02/2008

A neve


"Não me importava de partir a cabeça outra vez se nevasse.", foi esta a frase que me levou a lembrar o nevão de 2006. Esta foi a história.
Tinha combinado com um amigo meu mostrar-lhe a serra. Ele tinha cá um outro amigo do Brasil que também estava interessado em conhecer a serra (este bocadinho de Portugal). O plano era fazer uma caminhada, escalar uns mega-lápiás e visitar umas pequenas cavernas. O meu afilhado sempre pronto para a aventura pendurou-se e veio também. Estava tudo a correr como planeado já com uns mega-lapiás escalados e algumas pequenas cavernas visitadas quando fomos para o algar (caverna vertical) que seria a última paragem.
Já íamos a entrar, quando disse ao miúdo para esperar para lhe iluminar o caminho e ajudar na descida, quando ouço um Plaff! seguido um Aiiii, viro-me para trás e vejo o puto estatelado no chão com a cara cheia de sangue. Bem, apanhei o cagaço da minha vida, mas depois de ver melhor vi que era apenas um corte se bem que algo profundo e ia precisar de alguns pontitos. Demos a nossa viagem por terminada e fomos levar o miúdo à mãe, para avisar que íamos com ele ao centro de saúde para levar uns pontitos. A ferida não era grande mas era um pouco fundo e para não ficar com uma cicatriz feia achamos que era o melhor.
"Olha, vamos levar o miúdo ao centro de saúde para levar uns pontitos", ao que ele grita "Não! Pontos não!". Lá lhe expliquei que eram pontos daqueles em penso sabendo perfeitamente que um puto reguila como ele tinha mesmo de levar dois ou três pontitos com linha. Com o miúdo um pouco contrariado lá fomos a caminho do centro de saúde. Claro está que cinco minutos depois já ia perfeitamente contente para mais uma aventura. Chegamos ao centro de saúde e entramos para ser vistos pelo médico, "Então, como foi que partiste a cabeça?" perguntou, ao que o miúdo respondeu "Estava a descer uma caverna, escorreguei e caí." o médico olhou para mim incrédulo e eu expliquei que andávamos na espeleologia, "E tu não tens medo?" perguntou o médico, ele com um sorriso escancarado "Eu não! Porque é que havia de ter medo", o médico riu-se e disse "Ah, mas como és reguila vais mesmo ter de levar uns pontitos" ele olhou para mim com cara de "bolas, agora não me posso escapar" e esboçou um sorriso amarelo. Nessa altura achei que era boa altura de o tranquilizar e disse "Não doí nada, o doutor vai por um spray e não sentes nada.".
Dois pontitos mais tarde e sem lágrimas à vista o médico disse "Vês, não doeu nada, agora é só por o spray para proteger e está pronto". Mas, o spray é doeu que se fartou. Nesta altura já com os olhos cheios de lágrimas, abraçou-se a mim e disse-lhe "Pronto, já passou. Como te portaste bem e não choraste amanhã vai nevar." O tempo ameaçava neve com a chuva e o frio que estava mas longe estava eu conhecer o resultado das minhas palavras proféticas.
Com esta história toda eram já 7 da tarde e tanto eu, como o miúdo, como os meus amigos estavam rotos de fome. Agarramos no carro e lá fomos nós a caminho da inevitável "Ti Maria dos Queijos", encher a pança. Meia dúzia de enchidos, entremeadas, muitos queijos e ainda mais bacalhau estávamos prontos para ir para casa. Chovia copiosamente e já era há muito noite. Despedimo-nos do pessoal e fomos até casa.
No dia seguinte (e segundo o relato dos pais) eram 7 da manhã de domingo com o miúdo aos pulos em volta da cama dos pais aos berros "Mãe! Mãe! Dá-me a roupa, o meu padrinho disse que ia nevar! Como eu não chorei vai nevar!", passados 15 minutos depois de muita insistência o pais lá levaram o o miúdo a espreitar à janela "Vês, é chuva, não é neve. Volta lá para a cama.". Nessa altura os pais já me rogavam pragas por os ter feito acordado tão cedo num domingo de manhã.
Eram 9 da manhã quando caem os primeiros flocos. A mãe que tomava o pequeno almoço a olhar para a janela começou a ver cair os primeiros flocos e deixou escapar um alto "Sacana e não é que está mesmo a nevar!", ao que se seguiu o um "Está a nevar? Está a nevar!". Nesse dia caiu o maior nevão dos últimos 10 anos e o primeiro que o meu afilhado viu. A parte da tarde foi passada com guerra de bolas de neve e bonecos de neve enormes e muitas fotografias à mistura. E esse foi o dia em que o padrinho fez nevar e se tornou o padrinho mais fixe à face da terra.
"Não me importava de partir a cabeça outra vez se nevasse." disse ele ontem, eu respondi conhecendo a minhas limitações "Não abuses da sorte!". Ficamos todos com um sorriso estúpido e a lembrar esse 29 de Janeiro de 2006.

12/02/2008

Culto dos 00

Devido ao pedido de muitas (pronto, algumas) famílias deixo aqui a música do vídeo "Free hug campaign".



Sigur Rós - Hoppípolla (que em islandês quer dizer "Saltando nas poças") do album Takk.
Boa música para uma tarde de verão depois de voltar da praia.

11/02/2008

O médico


Eu: Boa tarde.
Recepcionista: Boa tarde.
Eu: Tenho uma consulta.
Recepcionista: Aguarde um pouco se faz favor. O doutor está um pouco atrasado.
*espera*
*espera*
*espera*
*desespera*
*suspira*
*lê o Público*
*lê a T3*
*lê a Tv Guia de à um ano atrás*
*lê a Maria*
*lê o suplemento de TV do Correio da Manhã*
*suspira*
*suspira*
Recepcionista: O Sr. pode entrar.
Eu: Boa noite.
Médico: Boa noite. Tudo bem?
Eu: Sim. Obrigado.
*Médico olha para as ecografias e análises de sangue*
Médico: Vamos aumentar a dose. Para o ano volta cá outra vez para vermos quais os ajustes necessários.
Eu: Ok. Obrigado e boa noite.
Médico: Boa noite.
Recepcionista: São 75€.
Eu: *suspiro*

Aviso: Quaisquer as semelhanças com casos reais são meras coincidências.

Os abraços

Hoje fiquei agradavelmente surpreendido. Ia eu nas minhas calmas a descer a Avenida Heróis de Angola quando olho para o Teatro José Lúcio da Silva onde estava um rapaz com um cartaz "Abraços de Borla". Para quem não conhece, pode ver



e Free hugs campaign.
A história começou com Juan Mann que se estava a sentir em baixo e decidiu melhorar a vida de perfeitos estranhos dando-lhes um abraço. Se à primeira vista as pessoas estranhavam algum tempo depois já tinham entranhado e já andavam aos abraços uns aos outros. Contudo a polícia decidiu que aquilo era uma manifestação pública e como tal tinha de ser regido pela lei das manifestações públicas e tentou acabar com o "evento". Ao bom estilo português (embora não o fossem) revoltaram-se e fizeram uma petição para impedir a proibição das actividades "free hugs". Foram bem sucedidos mas não antes de se tornarem o foco da atenção da comunicação social.
Ora a iniciativa correu mundo e já começa a ser encontrada uma pouco por toda a parte. Senão vejam este exemplo aqui em Portugal no Porto,



E se um dia um desconhecido te oferecer Abraços, é a "Free Hugs campaign", a ideia mais original que já apareceu por aí nos últimos tempos! E hoje estava um rapaz a oferecer "Abraços de Borla" em Leiria.

09/02/2008

O pygmaeus


Finalmente mais um dia de ir para o mato. Com o solzinho destes nem apetecia ficar em casa e ainda bem. Armado de camaroeiro, caixinha para tirar fotografias (que aconteceu àquelas caixas tão catitas para telemóveis?) e máquina fotográfica e lá fui eu à procura dos Triturus pygmaeus deste ano. Infelizmente os gajos estavam à paisana e não foi possível encontrar muitos. Aliás só encontrei mesmo um macho em cores de reprodução mas com uma crista que ainda precisa de crescer um pouco para ficar em vestimenta completa de reprodução.
O resto do dia foi procurar cordyceps e escalar os mega-lapiás lá da zona, com um solzinho que já lembrava primavera. Tanto que até o nariz já estava convencido, pela quantidade de muco que saía das minhas fossas nasais. Cordyceps também não encontrei nenhuns. Hoje não andava com muita sorte, ou então não via nada com os olhos inchados das alergias. Para ajudar a cadela também anda a mudar o pêlo, assim são quantidades fenomenais de pêlo a voar pelos ares quais dentes de leão em dia de vento. Quando corria parecia a Maria von Trapp nos alpes tal era a profusão de pêlo pelo ar.
Amanhã, acho que vou passar o dia de molho. Com cházinho e bolachitas no sofá com o meu grande amigo Zirtec. E eu que não me apetecia nada ficar em casa. Com sorte isto passa ... Ou não ...

03/02/2008

Os sete palmos de terra



Aviso: Este vídeo são os últimos 10 minutos da série. Se ainda não viram e não quiserem estragar o final não vejam o vídeo.

Hoje fiquei por casa. Chovia bastante e não me apetecia fazer nenhum. Na tv a opção era ou Twitches (um duo de bruxas adolescentes de outra dimensão), ou The Fast and the Furious (carros, nitros, mais carros, ...). Como não estava muito virado para pre-teen flicks, nem para carros repeat ad nauseaum (se bem que a Michelle Rodriguez era bastante aliciante) pensei que era altura de por mãos à obra e ver a primeira season de "Six Feet Under".
Ora para quem não sabe esta é a minha série favorita. Como quando a apanhei na TV já ia na 2ª season acabei por nunca ter visto a primeira. Algo que foi remediado com um pulinho à FNAC. Mas como o tempo nunca é muito, a caixa ficou a apanhar pó a um canto, até hoje. A série Six Feet Under (Sete Palmos de Terra em Português) é uma série avassaladora que retrata o dia-a-dia de uma família que tem uma casa funerária e todos os episódios começam com uma morte que de certa forma irá dar o tom do resto do episódio. É longe de ser perfeita, mas a banda sonora é fenomenal, a interpretação fantástica e as personagens credíveis.
Quando meti o dvd no leitor e começaram a dar as primeiras imagens foi como se me tivesse a reencontrar com amigos que já não via à bastante tempo. É estúpido eu sei, mas realmente foi uma sensação mesmo muito estranha. Uma sensação de familiaridade bizarra.
Para além do mais esta série tem o melhor final que já alguma vez vi em televisão. Simplesmente brilhante. Se puderem, arranjem. Está disponível na Amazon.Co.Uk (a um preço fantástico a série completa) ou na FNAC ou *coff* *coff* na net *coff* *coff*

A loja


No sábado foi dia de reptile day na zooexotico. Para quem não sabe a zooexotico é uma das minhas lojas favoritas em Lisboa. Combina-se com alguns amigos, marca-se um almoço para por a conversa em dia e passamos o resto do tempo a falar sobre as cobras, os tritões e afins.
É muito bom encontrar esta de gente. Afinal não é com qualquer um que podemos discutir sobre as mais diversas culturas de insectos, o melhor meio, as que resultam melhor, ... É claro que posso falar sobre isto com qualquer pessoa, mas metade não entende puto do que estamos a dizer e a outra metade olha para nós como se devêssemos estar num hospital psiquiátrico.
Ali, estamos todos para o mesmo. Trocam-se culturas de arranque, comenta-se quais os métodos que resultam melhor, opina-se sobre os resultados de mais uma época de reprodução.
Em resumo foi um dia extremamente bem passado.

01/02/2008

31 today



A nova de Aimee Mann, 31 today.
Substituir 31 com a idade que vos aprouver.