Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

30/08/2007

Escaravelho reencontrado - Trechus machadoi


Foi reencontrado no parque natural da Serra de Aire e Candeeiros uma espécie da qual existiam apenas dois exemplares recolhidos em 1938. Esta espécie foi reencontrada pela bióloga Sofia Reboleira bióloga da Universidade de Aveiro que encontrou apenas 30 exemplares o que é uma densidade populacional muito baixa para a espécie em questão. Este escaravelho foi encontrado entre os 20 e os 100 metros de profundidade durante prospecções destinadas a catalogar a biodiversidade cavernícola numa colaboração da Univ. de Aveiro com invetigadores do PNSAC. Este escaravelho tem como habitats conhecidos as grutas das Alcobertas na Serra dos Candeeiros e a gruta da Contenda na Serra de Airre.

Notícia

Culto dos 80



The Pixies - Where is my mind

27/08/2007

Acabaram-se as férias ...


Depois de alguns dias de sol, mar, jantares bem regados e diversão noturna cá estou eu de volta ao trabalho. Ainda bem que começou calminho senão tinha uma síncope. Não estava mesmo nada capaz de entrar no corropio de mergulho. Tem de ser devagarinho, como quem toma banho nas praias acima de Lisboa. Primeiro os pés, depois os joelhos, os tomates e por fim as costas. Afinal só custa até as mãos ficarem dormentes e os lábios roxos da hipotermia. A volta ao trabalho é assim. Só custa até ficarmos dormentes da rotina.

26/08/2007

As estrelas cadentes


Nem tudo foi mau com a não-ida aos USA. Afinal pude ficar em casa a descansar e preparar-me para o trabalho.
Um dos pontos altos dessa semana pós-gripe, foi sem dúvida as noites das perseidas! Como estava a preparar-me para fazer uma observação e os miúdos estavam de férias, aproveitei para os convidar, para lhes aguçar o apetite pela astronomia, mas eles estavam mais interessados em ir para o relento no meio de lado nenhum com os sacos cama que com a perspectiva de ver as estrelas cadentes. Tudo isso iria mudar.
Por volta das 21 começamos com os preparativos, a escolha do lugar, o petisco da meia-noite, arrumar os sacos-cama, o tempo não queria ajudar com a nortada do costume a trazer muito nevoeiro do mar. Assim decidimos ir para um sítio mais afastado e mais abrigado. Com os sacos-cama às costas lá fomos nós quando uma estrela cadente de magnitude -3 rasga os céus! Bem, se o entusiasmo já era grande maior terá ficado com esta demonstração de aguçar o apetite. Assim de mochila às costas, cão ao lado e de olhos pregados no céu lá fomos nós. Ao chegar montamos o acampamento no meio do orégão selvagem e lá ficamos de olhos pregado no céu a contar as estrelas cadentes e os satélites que por lá passavam. As maiores deixavam um "aaaaaaah" no ar e um "VISTE?!?". As mais pequenas um "Acho que vi uma!" ou "Se calhar era um pirilampo ...". Uma hora mais tarde o céu estava coberto de nevoeiro espesso que não nos deixava ver mais nada. Agarramos na trouxa e lá voltamos para casa para beber um Ucal quentinho e nos deitarmos que já se fazia tarde.
Agora a pergunta do semana é "Quando há chuva de estrelas outra vez?". Pode-se dizer que o estratagema resultou.
E que venham as Oriónidas!

21/08/2007

Comidas das Américas



E já chegaram os pais dos USA, e perguntam-se vocês qual a importância do assunto? Comida! Uma das coisas que me agradam nos USA é a comida, está bem, é comida de plástico e de pouco valor nutritivo, mas que são boas lá isso são.
E já que aqui o caro não pode ir, não significa que não mexesse os cordelinhos para me abastecer das armas de destruição maciças calóricas.
Para começar, Poutine a especialidade de junk food do Canadá. É daquelas receitas cujo o molho tem o seu truque na maioria das casas da especialidade (mas as restante normalmente usam o instantâneo St. Hubert Sauce Mix). Que para mim serve perfeitamente. Basta juntar água, levar ao micro-ondas, e juntar o queijo. É pena não haver cá o queijo especial, o tal que faz squick na boca quando está fresquinho, chamado Brins de Gouda. Para quem não sabe a receita não passa de batatas fritas, com pedaços de queijo e o tal molho. Mas digo-vos tem de ser provado. Assim se estiverem por Montreal, não esqueçam a famosa poutine.
Depois para a sobremesa, panquecas "Aunt Jemima" regadas com Xarope de Ácer (Maple Sirup) que é claro tinha de se entornar no caminho! Obrigado Groundforce de Lisboa ... Ainda bem que os estragos não foram grandes, uns sapatos sujos e o malote borrado, mas ainda sobrou xarope suficiente para me dar para uns mesitos.
E depois para acabar uns Hershey's Kisses, meia-dúzia. Daqui a alguns meses estou-me a juntar à estatística da população obesa ...

19/08/2007

Férias (ou baixa ...)


Depois de vários meses a planear a ida aos USA, foi tudo por água a baixo com uma gripe bem colocada, uma recaída a combinar e muito cansaço à mistura. Assim, o que iam ser duas semanas a vaguear pela costa Nordeste dos USA e Canadá tornou-se numa semana de molho e noutra em que o tempo não ajudou muito a ir para a praia (já começo a ficar um pouco farto da nortada ...). Mas nem tudo foi mau, tive algum descanso que muito precisava, apurei os meus dotes (parcos) de culinária, meti a leitura e a cinemateca em dia (os filmes a ver já se acumulavam na prateleira, bem como os livros).
Resta-me agora uma semana, que sem dúvida vai passar a voar na minha fiel Nazaré. Haja o que houver há-de sempre haver a Nazaré. É verdade que é um pesadelo encontrar estacionamento, que o areal está sempre a abarrotar de lagostas ao Sol, que os estrangeiros antipáticos são mais que muitos. Mas não sei, há uma sinceridade na Nazaré que falta a muitas praias, os nativos são afáveis, a comida é fantástica, as ruas estreitas magníficas.
Eu sou claramente suspeito, já que as memórias mais antigas que guardo de ir à praia são na Nazaré e as primeiras férias foram na Nazaré, mas não sei. Se há claramente uma terra à qual gosto de chamar uma segunda casa essa terra é a Nazaré.
Assim se virem uma lagosta ao sol na Nazaré, a ler o Código de Avintes e com olheiras que chegam à parte de trás da cabeça é provável que seja eu, em depressão de fim de férias que mais souberam a baixa médica.