Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

11/12/2007

A atirada


Hoje estava no café e pedir o pastel de nata do costume com a televisão sintonizada no Natal dos Hospitais onde estava um clone do Michael Carreira a cantar quando ouço um "Eh pá, é mesmo bom. Para mim era a estrear!", ainda me lembrei se seria algum homem das obras e eu tinha ouvido o género dos adjectivos mal, mas não era mesmo uma mulher. Ela lá continuou com os seus piropos "Chamava-lhe um figo", "Tem um cuzinho!". Ao que as amigas concordavam e mandavam galhardetes semelhantes.
Mas onde é que este mundo vai parar? A seguir vamos ter mulheres penduradas em andaimes e a dizer "Lambia-te todo!" e "Oh filho, o teu pai deve ser engenheiro". E depois? Começam a deixar crescer crescer a barriga, encostam-se ao balcão, ajeitam um fio dental entre as pernas e dizem "Oh chefe, uma imperial e um pires de tremoços!" ? O futebol já não é nosso, senão experimentem estar a ver um jogo no café e a ouvir "O Figo tem umas pernas ui ui" e um "O Nuno Gomes é mesmo bom!" é que tira a concentração toda a um gajo. Ainda se fossem "Oh paspalho vai pra casa" ou um "O Liedson não joga um car****". Enfim, falam na guerra dos sexos mas ninguém fala da invasão ...

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