Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

23/12/2007

A árvore


Ontem estive de serviço na ACR (Associação Cultural e Recreativa). Para quem não sabe o que é, trata-se de um bar que costuma funcionar no clube desportivo lá da terra de forma a financiar as actividades "desportivas" da associação.
É uma coisa que me dá gozo fazer, trabalhar num bar ou no restaurante. Já quando andava na universidade e trabalhava aos fins de semana no restaurante de forma a arranjar mais um dinheirito para passar a semana mais folgada, gostava de trabalhar no restaurante.
Nunca percebi muito bem porquê, as pessoas não costumam ser muito simpáticas e estamos ali apenas a debitar bebidas e comida como se de uma máquina de vending se tratasse. Mas não sei, agradava-me a interacção com as pessoas. Isto tudo para dizer que trabalhar numa ACR é parecido, só que com mais bebedeiras e pessoal a avacalhar.
Então conversas de bebâdo são fantásticas. A de ontem foi um verdadeiro diamante. Alguém disse que tinha estado a cag*r atrás de uma àrvore, não me perguntem a que propósito já que só apanhei a conversa a meio (isto é um dos perigos de se trabalhar assim, corre-se o risco de se ouvir o que não se quer). Nisto pergunta o outro, "Fod****, como é que car**** sabes onde é a parte detrás da árvore?" ao que o primeiro responde "Duh, é onde estava a cag*r!". Nisto segui-se a discussão mais interessante que já ouvi sobre o conceito "atrás". Eles ficaram a discutir sobre horas. Bem quando os consegui por a andar e fechar o estaminé já eram três da manhã. Mas pronto, agora já sabia onde é a parte de trás de uma árvore. E se algum tiverem de o procurar, cuidado onde põem os pés.

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