Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

20/04/2008

As vacas

Sábado foi um dia sem grandes eventos. De manhã nanar por casa, fazer umas coisitas que já estavam atrasadas. À tarde, penso em ir dar uma corridinha (desta vez sem bobbies que estava um tempo terrível), saio de casa quando me pedem para dar um pulo à canada para ver como estavam as vaquinhas dos meus pais.
Como já fazia algum tempo que não via as vacas, cancelei a corrida, agarrei na L200 (a velhinha L200 do meu pai) e lá vou eu por caminhos de cabras ao encontro das vacas. Chego ao pé dos animais, para fazer a contagem, certificar-me que estavam todas e que não estava nenhuma próxima de parir ou já parida, quando me cai uma pedrita na cabeça, olho para traz e o céu estava preto, corro de volta para o carro, não sem antes ser bombardeado por pedraço(granizo) que mais pareciam tirinhos de pressão-de-ar, o que vale é que como vinham congelados não me molhei(muito), depois da bátega passar lá voltei eu para ao pé dos animais.
Estavam todas bem e continuavam mansas como o costume. O boi é que me seguia em todos os passos. Para quem não conhece um boi charolês, isto é um boi charolês:

Origem:http://www.geocities.com/cialeite/
Mas, este boi é muita parra e pouca uva, isto é, ele assusta, muge, ele arrapa, mas no fim é um cachorro grande. Só é preciso ter cuidado é quando ele se põe aos pulos armado em parvo. Um bicho de quase uma tonelada aos pulos ao nosso lado não tem muita piada.
Já à noite foi tempo de mais uma reunião. Desta vez de preparação do próximo passeio Pedras Soltas. E modéstia à parte este acho que vai ser o melhor passeio que já fizemos!
No domingo foi o quinquagésimo aniversário da minha mãe, que acho que estava em choque com a perspectiva de ter cinquenta anos. Alguma comidinha e tal, os parabéns do costume e a prenda que vai chegar atrasada, já que eu nunca sei se ela faz anos dia 20 ou dia 21 e acabo sempre por errar. Eu sei que é para isso que servem os organizers. Mas que querem, numa família onde nem o próprio pai sabe ao certo quando faz anos (no BI está 23, mas a minha avó jura a pés juntos que foi a 24) é fácil perder o rasto ao dia correcto. Ainda para mais quando em 3 ou 4 dias é uma carrada de gente a fazer anos. Costumo pensar nesta altura do ano como o Natal redux, pelo dinheiro que acabo sempre por gastar em prendas.

Sem comentários: