Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

19/04/2008

O mosteiro

Na sexta-feira passada no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios fui cultivar-me um bocadinho. Acedendo ao pedido da Gaija e combinando com a Patito e a Juncalense, decidi ir visitar o Mosteiro da Batalha que estava a promover uma visita guiada nocturna (pelo menos foi assim que me venderam o peixe).
Combina-se com a Patito e a Juncalense uma jantarada apressada antes da concentração, com espaço para uma cervejola antes no sítio do costume. Ora como normalmente eu sou o primeiro a chegar e como a Patito e a Juncalense tinham de ir a uma inauguração compro o Público, já que precaver-me porque isto das inaugurações nunca acabam a horas.
Já no café, que a esta altura estava a abarrotar como qualquer boa sexta-feira que se preze, dou por mim a rir-me sozinho enquanto leio o Inimigo Público. Isto de estarmo-nos a rir sozinhos num café cheio de gente acaba inevitavelmente com pessoas a olharem-nos de lado com ar de pena e desconfiança. Enfim, as figuras que faço já não deviam ser novidade. Algum tempo depois chegam as compinchas para jantar. O sítio de eleição foi uma marisqueira ali perto e como a malta estava mais numa de pestiscos que propriamente de jantar, foi sopinha (mesmo que sendo da knorr para muita tristeza da Juncalense), moelas, ameijoas e muito pão torrado.
Já atrasados para o início da visita, lá fomos nós a correr para nos encontrarmos com a Gaija (que para variar também estava atrasada) e visitar os monumento da Batalha. As visitas às igrejas foram interessantes, mas a parte do Mosteiro podia ter sido bem melhor. O mosteiro à noite é espectacular, de cortar mesmo a respiração, mas ao invés de andarmos a passear de um lado para o outro fomos brindados com uma apresentação sobre vitrais. As luzes a apagar e o retro-projector a acender deviam ter sido um bom aviso para me por a milhas, mas decidi ficar. O problema é que o senhor (um mestre na arte do vitral em Portugal) tinha algum problema em ser sucinto, depois a acústica não ajudava nada e ainda para mais a apresentação era minúscula ou seja quando ele falava em pormenores eu só conseguia ver manchas amorfas coloridas. Para ajudar, era noite, estava frio e tinha acabado de jantar. O sono aproximava-se já em passos largos!
Eventualmente acabou, e como a Gaija já tinha trabalho lá no mosteiro, tivemos acesso a partes que muito dificilmente os turistas normais têm acesso, isto tudo com uma guia pessoal (obrigado Gaija).
Bem, valeu a pena para ver o mosteiro à noite e pela companhia. Ainda decidi dar um pulo a um bailarico de mancebos que uns amigos meus estavam a organizar, mas como já era tarde e fazia frio que se farta não me fiz muito velho por lá.
Fotos assim que as descarregar da máquina!

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