Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

15/06/2008

O pingo


É inevitável, vem este tempo e eu acabo sempre por perder as mantas a meio de uma noite de verão e acordar gelado com a garganta que parece o motor de uma Zundapp 3. Adiciona-se o nariz a escorrer e a cabeça a doer e temos um fim de semana em que praticamente não se sai de casa. Já a planear um sábado em que não faria muito apareceram por casa os habitués. Os putos! Sim, esses protagonistas já muito conhecidos deste blog. E como aturar 4 miúdos entre quatro paredes com a cabeça zonza é tarefa praticamente impossível, e porque eles já vêem perfeitamente decididos sobre o que querem fazer não muito mais há que fazer do que aceder aos seus caprichos. Lá foi a matilha em direcção ao sítio do costume para mais uma caçada. À cata das cobras lá seguimos nós armados de água com fartura. A caçada deu resultado já que encontramos uma Natrix maura linear, um Malpolon monspessulanus adulto, uma Rhinechis scalaris e lagartos sortidos. Depois com a matilha já cansada (minto, comigo já cansado porque eles ainda estavam para as curvas) volta-se para a minha famosa omelete de atum com queijo que lhes faz as delícias. E quando digo para as curvas estão literalmente para as curvas. O que vale é que tenho sempre um rasgo de inspiração nestes casos. Jogamos às escondidas, eu conto e eles escondem-se. Isso dá-me tempo de fumar um cigarrito, ir à casa de banho, ver um bocadinho de TV enquanto eles continuam escondidos. É brilhante na sua simplicidade e eficácia. É claro que dá sempre azo a algumas risotas como quando a um dos que contam lhe pedem para contar até trinta e ela muito indignada diz que só sabe contar ainda até 10. "Conta três vezes até trinta", responde o chico-esperto o que me faz largar um sonora gargalhada. À noite, reunião Pedras Soltas que se prolongou até tarde mas que foi bastante produtiva.
Domingo foi passado no escritório e enrolado no sofá indeciso se tinha frio ou calor (a febre é gira não é), pelo caminho ficou o visionamento do jogo num sítio público (também não perdi nada) e a feira medieval da Batalha. Oh well, haverão outras oportunidades. Agora vou-me meter na cama com o Haruki e o seu "Kafka à beira mar" a chupar uns rebuçaditos peitorais Dr. Bayard. A ver se esta semana é mais calminha e menos bipolar que a anterior.

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