Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

29/04/2008

As férias

Tinha um grande texto preparado para por aqui no blog, mas porra, estou de férias, e férias são férias! Amanhã vou para a praia (roam-se de inveja), aproveitar para estar com o pessoal, beber uns canecos. No fim de semana foi passeio pela serra e soube mesmo bem. E o octogésimo aniversário do meu avô, que deu para matar as saudades da família. Mas pronto, estou de férias por isso deixo aqui as fotos!








22/04/2008

Six Word Memoir

Bem, como me calhou a fava e no sentido do bom desportivismo cá fica a minha Six Word Memoir.

De que parte de Portugal és?



Quando se lembrarem de mandar caralhadas e insultar os que vos rodeiam, lembrem-se que por muito longe de Portugal estiverem há-de haver sempre um Português por perto.

E a fava vai para:
Agora amanhem-se!

21/04/2008

A UDL


LEIRIIIIIIA! (4-1)
(Hey, uma pessoa tem de aproveitar, já que o Benfica só dá tristezas)

20/04/2008

Culto dos 00



Damien Rice - The Blower's Daughter
Mais uma música calminha. Esta com já alguns aninhos, 2001 (7!! já lá vão tantos anos?!?)

As vacas

Sábado foi um dia sem grandes eventos. De manhã nanar por casa, fazer umas coisitas que já estavam atrasadas. À tarde, penso em ir dar uma corridinha (desta vez sem bobbies que estava um tempo terrível), saio de casa quando me pedem para dar um pulo à canada para ver como estavam as vaquinhas dos meus pais.
Como já fazia algum tempo que não via as vacas, cancelei a corrida, agarrei na L200 (a velhinha L200 do meu pai) e lá vou eu por caminhos de cabras ao encontro das vacas. Chego ao pé dos animais, para fazer a contagem, certificar-me que estavam todas e que não estava nenhuma próxima de parir ou já parida, quando me cai uma pedrita na cabeça, olho para traz e o céu estava preto, corro de volta para o carro, não sem antes ser bombardeado por pedraço(granizo) que mais pareciam tirinhos de pressão-de-ar, o que vale é que como vinham congelados não me molhei(muito), depois da bátega passar lá voltei eu para ao pé dos animais.
Estavam todas bem e continuavam mansas como o costume. O boi é que me seguia em todos os passos. Para quem não conhece um boi charolês, isto é um boi charolês:

Origem:http://www.geocities.com/cialeite/
Mas, este boi é muita parra e pouca uva, isto é, ele assusta, muge, ele arrapa, mas no fim é um cachorro grande. Só é preciso ter cuidado é quando ele se põe aos pulos armado em parvo. Um bicho de quase uma tonelada aos pulos ao nosso lado não tem muita piada.
Já à noite foi tempo de mais uma reunião. Desta vez de preparação do próximo passeio Pedras Soltas. E modéstia à parte este acho que vai ser o melhor passeio que já fizemos!
No domingo foi o quinquagésimo aniversário da minha mãe, que acho que estava em choque com a perspectiva de ter cinquenta anos. Alguma comidinha e tal, os parabéns do costume e a prenda que vai chegar atrasada, já que eu nunca sei se ela faz anos dia 20 ou dia 21 e acabo sempre por errar. Eu sei que é para isso que servem os organizers. Mas que querem, numa família onde nem o próprio pai sabe ao certo quando faz anos (no BI está 23, mas a minha avó jura a pés juntos que foi a 24) é fácil perder o rasto ao dia correcto. Ainda para mais quando em 3 ou 4 dias é uma carrada de gente a fazer anos. Costumo pensar nesta altura do ano como o Natal redux, pelo dinheiro que acabo sempre por gastar em prendas.

19/04/2008

O mosteiro

Na sexta-feira passada no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios fui cultivar-me um bocadinho. Acedendo ao pedido da Gaija e combinando com a Patito e a Juncalense, decidi ir visitar o Mosteiro da Batalha que estava a promover uma visita guiada nocturna (pelo menos foi assim que me venderam o peixe).
Combina-se com a Patito e a Juncalense uma jantarada apressada antes da concentração, com espaço para uma cervejola antes no sítio do costume. Ora como normalmente eu sou o primeiro a chegar e como a Patito e a Juncalense tinham de ir a uma inauguração compro o Público, já que precaver-me porque isto das inaugurações nunca acabam a horas.
Já no café, que a esta altura estava a abarrotar como qualquer boa sexta-feira que se preze, dou por mim a rir-me sozinho enquanto leio o Inimigo Público. Isto de estarmo-nos a rir sozinhos num café cheio de gente acaba inevitavelmente com pessoas a olharem-nos de lado com ar de pena e desconfiança. Enfim, as figuras que faço já não deviam ser novidade. Algum tempo depois chegam as compinchas para jantar. O sítio de eleição foi uma marisqueira ali perto e como a malta estava mais numa de pestiscos que propriamente de jantar, foi sopinha (mesmo que sendo da knorr para muita tristeza da Juncalense), moelas, ameijoas e muito pão torrado.
Já atrasados para o início da visita, lá fomos nós a correr para nos encontrarmos com a Gaija (que para variar também estava atrasada) e visitar os monumento da Batalha. As visitas às igrejas foram interessantes, mas a parte do Mosteiro podia ter sido bem melhor. O mosteiro à noite é espectacular, de cortar mesmo a respiração, mas ao invés de andarmos a passear de um lado para o outro fomos brindados com uma apresentação sobre vitrais. As luzes a apagar e o retro-projector a acender deviam ter sido um bom aviso para me por a milhas, mas decidi ficar. O problema é que o senhor (um mestre na arte do vitral em Portugal) tinha algum problema em ser sucinto, depois a acústica não ajudava nada e ainda para mais a apresentação era minúscula ou seja quando ele falava em pormenores eu só conseguia ver manchas amorfas coloridas. Para ajudar, era noite, estava frio e tinha acabado de jantar. O sono aproximava-se já em passos largos!
Eventualmente acabou, e como a Gaija já tinha trabalho lá no mosteiro, tivemos acesso a partes que muito dificilmente os turistas normais têm acesso, isto tudo com uma guia pessoal (obrigado Gaija).
Bem, valeu a pena para ver o mosteiro à noite e pela companhia. Ainda decidi dar um pulo a um bailarico de mancebos que uns amigos meus estavam a organizar, mas como já era tarde e fazia frio que se farta não me fiz muito velho por lá.
Fotos assim que as descarregar da máquina!

15/04/2008

Culto dos 00



José Gonzalez - Heartbeats

Uma musiquinha para um domingo à tarde. Deixo aqui também o original para verem as diferenças.



The Knife - Heartbeats

14/04/2008

A playlist

Adicionei umas cançonetas à lista de musicas. Quem quiser que dê uma vista de olhos.

O clube, o porco e o domingo


Domingo é dia Santo, até aqui não há novidade. Tenho este hábito de que se for Domingo esforço-me ao máximo para não fazer nenhum, contudo como a maioria dos meus planos, este também costuma sair logrado.
O fim de semana foi atribulado entre duas festas de anos, o serviço no clube, a chegada da tia dos USA e o casório não deu tempo para estar quieto. Sábado vocês já sabem como correu, vamos lá então ao Domingo.
Acordo eu de madrugada (eram 11 da manhã) algo que para mim ao domingo é quase inédito nesta altura, no verão costumo acordar ainda mais cedo, quando me arrasto para fora da cama, bocejo, faço o xixi matinal (demasiados pormenores?) e tomo a minha pílula mágica de tiroxina. Enquanto espero que o comprimido faça efeito, sento-me na varanda e sou de imediato atacado pelos sacos de baba e pêlo ambulantes, enxoto-os, mas não surte efeito, já que eles voltam para vários novos rounds (nesta altura já tenho baba de cão por todo o pijama) eventualmente eles fartam-se, possivelmente desidratados pela perda massiva de baba e arroxam também por ali. Passa o período de espera e vou tomar um banho.
De seguida, vou para a festa de anos, e perguntam vocês? Qual a maneira mais fácil de alimentar e entreter meia centena de adultos? (pergunta que os leitores assíduos desta crónica já sabe a resposta à bastante tempo) Quem respondeu porco no espeto acertou em cheio. Algumas sandochas de porco depois e alguma conversa sobre o estado da nação (que inevitavelmente é, impostos, combustíveis e benfica em ordens alternantes) já estava bem mais acordado. Não fosse o tinto misturado até se poderia pensar que seriam conversas deprimentes, o certo é que até nem foram.
Canção de parabéns depois e já estava eu aqui a planejar a minha saída com pezinhos de lã para uma power nap de meia-hora. Chego a casa a pensar, "Enfim paz" quando o meu irmão cheio de lama da cabeça aos pés começa a berrar "Eh pá, foi espectacular. O percurso foi cinco estrelas e há fotos fenomenais!" ele que costuma ir andar de moto 4 com os amigos no domingo de manhã (porque é que alguém haveria de fazer isso em vez de ficar a dormir é algo que me ultrapassa). Aceno com a cabeça e disparo um "Tens de me mostrar as fotos depois!" em jeito de despachanço.
Já aninhado no sofá, com um filme da TVI a correr, daqueles que em 5 minutos nos põem a dormir como o menino jesus nas palhinhas, quando toca o telefone. "Olha, era só para te lembrar que estás de serviço no clube. Não estavas esquecido?", "Eu? Claro que não!", menti eu olhando tristemente para o meu sofá que nesta altura parecia cada vez mais apetecível, "Lá estarei às 9!". Corri para o sofá, a fazer contas de cabeça, ora bem se dormir uma horita ainda consigo por o sono em dia, quando me deito batem à porta. Largo uma carrada de asneiras e venho ver quem é. Era a tia dos USA, que já não via desde o ano passado, põe-se a conversa em dia, fala-se dos primos que por lá ficaram, entretanto chegam mais pessoas, que arrasam por completo a chance de haver uma sesta decente. Resignado lá continuei eu a por a conversa em dia, preparado para quando sair dali ir directo para o serviço no clube.
O que vale é que nestes dias em que os jogos de futebol acabam às 9 o pessoal sai todo para jantar antes de eu chegar, ficam eu apenas com meia dúzia de clientes, dois ou três a beber café e uma mesa de jogadores do desporto oficial da freguesia, a Sueca e quem estava à espera que falasse no levantamento de cervejas fique a saber que esse é um mero passatempo do desporto oficial. Pouco tempo depois tinha o café vazio. Fecho as portas a horas decentes e vou para casa a sonhar com os meus lençóis já mais que apetecíveis. E assim, termina o dia em que desejei que não se passasse absolutamente nada e em que não parei quieto.

13/04/2008

O casório


Este fim de semana foi o casório de um dos meus melhores amigos. Aquilo fica em nenhures (literalmente, já que mesmo perto da igreja fica a Rua de Nenhures), em Palmela e aqui o moço ainda teve de fazer uns bons quilómetros para lá chegar. Como a minha saúde não anda nos melhores dias a vontade de ir não era muita, não tivesse sido o casamento de quem era e o apoio dos três estarolas (sim, eu também vos amo!) o mais provável era ter virado para trás a meio do caminho. Mas assim em amena cavaqueira com a Jurema lá se fez o caminho que me pareceu bem mais curto que o que realmente era (obrigado Jurema, devo-te uma!).
O casamento decorreu na normalidade, uma vez ultrapassado o choque inicial de ver o Maria das Virtudes no altar com a aliança no dedo. Não pela improbabilidade do casamento, ou por não o ver a casar-se mas pelo simples facto de bater assim de repente. Fodasse, o Maria tá casado. Soa a estranho, como se fossem duas palavras que não fizessem sentido na mesma frase. Mas pronto, ele perdeu a aposta. Agora é tempo de novas apostas. Quem será o próximo? O meu voto foi para o Fura e a Dri mas por algum motivo todos acharam que serei eu o próximo, algo muito improvável, como lhes expliquei, mas que eles ignoraram com um "Sabes acidentes acontecem!", ao que eu tremi ao ver-me de caçadeira apontada a caminho do altar. Mas sejamos sinceros, a probabilidade de eu me casar nos próximos tempos é tão alta como a de acertar no EuroMilhões (o que até vendo não é assim tão mau).
E o pior do casamento, os arranjinhos, caros noivos, agradeço a vossa atenção, mas a vossa capacidade de casamenteiros é tão subtil como um elefante numa loja de porcelanas e é tão eficiente como tentar matar uma mosca com um pionés. Valeu pela tentativa.
De resto, foi o costume quando os magníficos (ia dizer cinco mas nesta altura já são bem mais)se juntam, muitas alarvidades, capazes de fazer corar a prostituta mais experiente, risos e bacoradas que põem os outros convidados de olhos em bico a olhar para a nossa mesa. Mas já é o habitual nestas lides. Depois, foi o arrasto até casa para uma noite de sono reparador, já que no dia seguinte haviam outras festas.

08/04/2008

A despedida

Depois de uma sesta bem dormida para me preparar para o zumzum que ia ser a noite da despedida de solteiro de um dos 5 Magníficos lá fui eu a caminho de Leiria para uma jantarada fenomenal. A despedida de solteiro acabou por ser feita em casa do Zuka a jogar Scrabble e a beber Coca-Cola (esta é a versão oficial para evitar retaliações graves).
É claro que todos sabem muito bem o que se passa numa despedida de solteiro, mas como este blog é lido por mentes mais impressionáveis e alguns menores de idade (sim, eu sei, tenho mesmo de me cuidar com os palavrões que escrevo) deixo as partes sórdidas de fora.
Já quase raiava o Sol quando cheguei a casa e já estava bem necessitado da soneca. Mas foi bom estar com a malta. Meter a conversa em dia, beber umas fresquinhas (pouquinhas claro) e jogar Scrabble *assobio*.
Agora para a semana é o casório, com promessas de mais festança.


Tiazinha no scrabble vale muitos pontos

07/04/2008

O final

Estava ontem a ver o Câmara Clara na Rtp2, e não, não sou um intelectual elitista, estava só a ver se o sono chegava, que terminou com o que é a minha opinião um dos melhores finais de filmes de sempre, o Dr. Strangelove que acaba com uma música da Vera Lynn "We'll meet again" e que sabe mesmo à cereja no topo do bolo. Assim puz-me a pensar nos quais seriam para mim os melhores finais de filmes de sempre e sem ser exclusivo e sem qualquer ordem específica aqui ficam (para quem ainda não viu os filmes prossiga com cautela):



Música: Vera Lynn - We'll meet again



Música: Aimee Mann - Wise Up



Música: The Pixies - Where is my mind

06/04/2008

Culto dos 80



Can i play with madness - Iron Maiden
Dedicado ao Xpto, o noivo! Relato do fim de semana para breve.

As panorâmicas


Sábado de manhã foi passado no meio da serra a servir de guia enquanto um amigo meu tirava panorâmicas para um trabalho de DVD que estava a fazer. Como não queria estar a atrapalhar a concentração dele e também não me apetecia estar a olhar para ontem levei a minha pequenina Fuji F31-fd para me divertir a disparar contras as orquídeas que encontrava na serra. Convida-se o meu micro companheiro que está sempre pronto para a aventura e lá fomos nós, o cosmos, aqui o je e a formiga atómica para os requantos mais altos da serra de aire e candeeiros.
Ainda deu para apanhar algumas orquídeas. As barlias por esta altura é que já estão velhas e pouco vistosas. A chuva que aí vem de certo que vai dar para as refrescar.
Estava um dia mesmo muito bom para andar a pé. Foi pena é estar uma névoazinha manhosa que não deixava tirar imagens como deve de ser, mas pelo que ouvi dizer um pouco de pós-produção e põe as coisa no sitio.
Depois, acabamos na inevitável Maria dos Queijos a lambuzarmo-nos com uns queijinhos frescos, com morcela e chouricinha na brasa, que acaba por ser o problema, já que quando acaba por chegar a carne já estamos empanturrados com as entradas. Mas foi muito bom. A dor de cabeça é que não ajudou. Quando cheguei a casa foi tomar uma aspirina e dormir umas horitas, já que se aproximava uma looooonga noite!
O resultado das orquídeas foram estes:


Orchis mascula


Orchis italica


Barlia robertiana


Aceras antropophorum


Ophrys bombyliflora