Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

21/04/2009

O homem morto


Mais um fim-de-semana passado, desta feita com muita chuvinha. Sábado foi passado a procurar a mobília para a pimpolha que se vai baptizar brevemente, por muito que eu tente não me consigo livrar das compras e tão cedo não pára. Ultimamente a minha carteira parece a fonte das três bicas (ícone da vida académica de Leiria) a largar dinheiro. E como se ultrapassa esta escassez de liquidez? Ora, rega-se bem nas festas da terríola onde as mines ainda só custam 60 cêntimos. A Pascoela costuma ser uma festa muito interessante, mas tem um ligeiro problema, é que como se vive na aldeia conhecemos toda a gente e todos nos conhecem, e o costume da rodada ainda está bem vivo ao contrário das cidades por esse país afora. Ora se se paga uma rodada para os amigos de 10 mines, implica obrigatoriamente que cada um desses amigos te pague uma rodada, é claro que os amigos se vão multiplicando e as mines acumulando nas mãos com muita mais fluidez que a nossa conta bancária.
Resultado, aqui o je aos pulos no meio do bailarico a dançar Xutos e Pontapés e AC/DC como se não houvesse amanhã! Depois a história complica-se quando um amigo que vive perto convida para uma ginja na casa dele. Conclusão, vi o sol nascer da minha varanda, embora sinceramente me parecesse que a terra orbitava uma estrela binária. E não tenham dúvidas, a terra anda mesmo à roda, se não acreditam em mim bebam uns canecos valentes que vão ver.
Domingo, foi passado a anhar em cima da cama sem qualquer pachorra de mexer uma palha. Aliás o jantar tradicional com a família nas festas foi um martírio com a dor de têmporas que teimava em não me abandonar, sem dúvida ainda resultado dos excessos do dia anterior, mas olha a orelha de porco estava bem boa!
Não sei porquê o dia a seguir à ressaca (ressaca redux como lhe costumo chamar) é-me sempre bem pior que o dia anterior, com o culminar em me ter esquecido do aniversário da minha mãe. É claro que o tradicional abraço e beijoca bem sincera fez milagres, mas amanhã é dia de ir comprar uma orquídea, senão vou andar uma vida a ouvir como me esqueci do aniversário ...

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