Histórias de eventualidades, improbabilidades, bicharadas, noitadas e coisas do arco da velha que de alguma forma me acabam sempre por acontecer. Crónicas diárias com a matilha, muita bicharada à mistura, muita música e sempre com um humor caústico como muita gente gosta de o caracterizar.

09/03/2008

O porco


Depois de acharmos que já tínhamos perdido o suficiente na vaquinha do euromilhões decidimos lá na empresa investir os nossos parcos retornos num ajuntamento. As alternativas eram as do costume, o karting, o laserquest, o paintball, o passeio de bicicleta, enfim todas aquelas coisas que se costumam pensar fazer em ajuntamentos de pessoal da empresa (a sério pessoal têm de começar a ter ideias mais giras).
Desta feita quem ganhou foi o porco no espeto, essa instituição da cozinha portátil em Portugal a par das rolotes de bifanas e de farturas. O local escolhido foi a praia do Vale Furado, na casa de férias de um colega de trabalho. O resto do dia foi passado a comer muitas fatias de carne de porco a pingar de gordura e molho no pão, com menção honrosa para o picante que segundo alguns lhes causou dormência nos lábios por algumas horas. Eu acho que estavam a ser exagerados. O picante estava mesmo no ponto.
Para remoer a barriga nada melhor que umas brincadeiras de futebol no pinhal. O car**** do pólen dos pinheiros é que deu cabo de mim, tanto que ainda hoje estou mais choroso que uma sexagenária na procissão das velas em Fátima.
Não faço ideia de quem se lembrou de criar esta história de Porco no Espeto, tradição que de certo terá na sua origem alguns laivos de sadismo e crueldade animal. O inegável é que se tornou a maneira mais fácil e rápida de alimentar meia centena de tugas e de os manter ocupados pelo resto do dia.

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